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Para uma história das histórias do feminismo #1 (Lidia Cirillo)




Para uma história das histórias do feminismo #1

(16 de fevereiro, 2015)

Lidia Cirillo

Tradução de Raquel Goes



Seria útil enfrentar o tema do gênero, antes de tudo, com uma suspeita. Talvez fosse necessário perguntar-se quais efeitos tenha tido no feminismo a união dos fenômenos sobre os quais frequentemente falamos: o beco sem saída em que o capitalismo se enfiou, o final, através de decomposição e metamorfoses, do movimento operário do século XX, as mudanças geopolíticas e culturais e etc... A suspeita, ao ouvir sempre a repetição das mesmas palavras, é de que foi criada uma distância excessiva entre os discursos e práticas do feminismo e a realidade da existência de dezenas de milhões de mulheres. Então, para as relações de gênero não pode não valer o que vale para as outras relações sociais: a amplitude e a profundidade das mudanças poderiam ter produzido óbvios atrasos e dificuldade na reconstrução de pensamento e de sentido.


As razões da suspeita


A suspeita, ligada ao confronto, entre aquilo que é mudado no mundo e aquilo que continua a se dizer e a se fazer pode ser reforçada por meio do conhecimento de uma história. O feminismo (ou melhor, a união dos feminismos que existiram e existem em suas características comuns) sempre teve problemas de relação com as mulheres. A afirmação não é considerada um paradoxo: existe uma ampla literatura que testemunha o lamento de feministas de tempos e lugares muito diversos pela indiferença ou até mesmo pela hostilidade da grande maioria das mulheres. O fenômeno tem razões facilmente explicáveis, até porque o feminismo não é o único assunto de libertação que se envolve a seu modo. Os assuntos políticos cujos pontos de referência sociais são caracterizados por uma subserviência cultural e que operam, por sua vez, por uma autonomia de pensamento e elaboram discursos alternativos para aqueles dominantes, são frequentemente condenados à margem extrema. E, por outro lado, a margem não é somente virtuosa, não é somente o lugar da utopia possível, que antecipa os tempos e deles transforma o ritmo. A margem é também (e mais frequentemente) o âmbito histórico do não-poder, em que “poder” aparece como verbo e não como substantivo. E é sobretudo o lugar em que a carência das relações com o mundo afasta ainda mais da realidade e cristaliza discursos que não falam o suficiente do presente. Por um lado, então, a voz do feminismo chega já fraca até as mulheres; por outro a mesma voz repete palavras sempre menos capazes de obrigá-las a direcionar os ouvidos porque “de te fabula narratur” [é narrada uma história a respeito de ti, em latim]. Em que medida as fabulae [histórias] do feminismo narram realmente a vida atual das mulheres?


Os espaços do feminismo


Estas observações parecem estar em contraste com uma outra: de uma maneira ou de outra, ideias e reivindicações elaboradas pelos diversos feminismos que atravessaram a história contemporânea tornaram-se realidade material e senso comum. Quando dizíamos, nos anos passados, mas recentes, que a revolução das mulheres é a única revolução não invicta, indicávamos um simples dado de fato. Frequentemente, no entanto, mas esquecendo-se de acrescentar que nenhuma verdade permanece igual para sempre. A contradição é explicada com a relação que o feminismo manteve com os setores masculinos interessados, para necessidades específicas próprias, para a ativação social e política das mulheres. Nunca existiu, a não ser nas mais ingênuas fantasias separatistas, um conflito das mulheres contra os homens. Se essa tivesse sido a lógica, a derrota seria certa, considerando a gigantesca e inicial desproporção nas relações de força.


Ao observar as dinâmicas que caracterizaram as duas grandes ondas feministas da história (uma entre o fim do século XIX e a primeira guerra mundial; a outra, que vem da metade dos anos sessenta do século XX, alcança e quase toca o início da crise) poderá ser visto como, ao fazer possível, a dimensão de massa e a difusão tendo sido sobretudo combinações de interesses masculinos. O feminismo utilizou os espaços que foram abertos de tempos em tempos ao lado das classes, movimentos políticos e culturas. Normalmente com uma lógica específica e constante, ou seja, tomando forma em âmbitos políticos democráticos, reformistas ou revolucionários em que era mais fácil fazer com que a componente dominante masculina lidasse com a contradição entre os próprios ideais e o tratamento reservado às mulheres. A convivência, depois, quase sempre esteve longe de ser pacífica, mas fora cansativa e dificultada por resistências conscientes ou também inconscientes, e exatamente por isso mais resistentes. No entanto, não se tratou de um fenômeno predominantemente político-cultural, porque ambas as ondas deslizaram na sólida base do uso capitalista da força de trabalho feminina.


Na primeira parte dos anos setenta idas e vindas ocorreram entre os lugares da reflexão feminista e aqueles da militância em partidos, sindicatos, grupos revolucionários e movimentos que forneceram ao feminismo uma base feminina de massa. As manifestações que encheram as praças de jovens mulheres serviram como um pedido de atenção de partidos que eram então de massa, ou seja, capazes de organizar constantemente setores da população e não exclusivamente classes políticas. E não apenas de partidos, porque os sindicatos também foram, por sua vez, contagiados por elas. Serviram sobretudo para envolver centenas de milhares de meninas que não frequentavam os pequenos grupos da autoconsciência, os quais em pequenas proporções permaneceram, até mesmo quando começaram a se aglomerar além do limite tolerado de uma prática que funciona apenas se adotada contemporaneamente por um número limitado de pessoas. O ativismo deles sob o título de slogan e símbolos feministas contribuiu para difundir uma diferente percepção própria das mulheres nas profissões, nas instituições, nos diversos ramos do conhecimento e na vida cotidiana. Então, o feminismo exercitou sua força motriz em um contexto específico, que consentiu a ele superar o isolamento que teorias e práticas feministas são frequentemente condenadas.

A partir dos anos oitenta espalhou-se na Itália também, na verdade em menor medida que em outros países europeus, o fenômeno que foi chamado de "feminização do trabalho". Em um modo otimista, ao se referir à quantidade e, em um modo realista, ao se referir à qualidade. O desejo de autonomia econômica, estimulado pela nova maneira de percepção das mulheres, foi utilizado como um dos instrumentos de colocação em concorrência da força de trabalho sob um plano nacional e global. Enquanto os movimentos dos anos setenta fluíam e progressivamente se fechavam os canais do movimento operário do século XX, crescia, por sua vez, o interesse dos possuidores de capital em recorrer às mulheres, sobretudo à disponibilidade delas ao trabalho precário. Colocavam-se em movimento, assim, novas dinâmicas de emancipação, ainda que pagas pelo preço de uma inclusão ainda subordinada e atravessada por conflitos de classe e de gênero. Por isso a onda longa dos movimentos de mulheres foi capaz de continuar a se desenvolver, com desvios, claro, mas sem obstáculos instransponíveis.


O isolamento quebrado


Quais são os mecanismos que empurram para a margem e isolam o feminismo, ou melhor, cada feminismo que existiu e existe? Ao isolamento a respeito do complexo da sociedade, explicado mais facilmente, deve-se adicionar certamente aquilo que tende a se criar nos mesmos canais em que o feminismo encontra os próprios espaços. Também nesse caso a descrição de uma dinâmica específica pode ser mais compreensível do que algumas abstrações.


Ao pensar nos anos dos movimentos feministas não é necessário imaginar que existisse fora da radicalização um sujeito político, que depois subiu no trem correto. Existiam, claro, um pensamento e uma história, por exemplo a obra de Simone de Beauvoir que, cerca de quinze anos antes do renascimento de pequenos grupos feministas nos EUA e na Europa, havia escrito o Segundo Sexo, dando vida a uma desconstrução ante litteram e a uma verdadeira linha de pensamento. O feminismo tomou forma na radicalização em si, por meio dos instrumentos de crítica que ela fornecia, a partir da contestação nas universidades estadunidenses, e nesses documentos encontravam-se ideias que o ingênuo provincialismo de fragmentos do feminismo italiano imagina nascidos deste lado dos Alpes. O isolamento se verifica no mesmo momento em que os grupos de mulheres decidem colocar no centro de sua atenção o conflito fundamentado nas relações de gênero. Então libera seja a resistência masculina, seja a resistência feminina, para estender a crítica aos próprios companheiros de militância e de vida. A solidariedade de classe, de comunidade, de ideal político podem ser, em determinadas circunstâncias e em razão correta, fortíssimas. Nos primeiros [anos] do século passado as operárias haviam sabiamente aprendido a desconfiar de certas feministas cultivèes, que utilizavam o antagonismo homem/mulher para se subtrair ao conflito e à sindicalização. Esforço em que os operários contribuíram ativamente com sua hostilidade nos confrontos da presença feminina nas fábricas, nas lutas e no sindicato.


O isolamento pode ser enfatizado pelas práticas de autonomia que as mulheres, por vezes, são forçadas a adotar. O separatismo é, ao contrário, uma outra coisa: em artigos sucessivos tentar-se-á explicar qual é a diferença entre uma e o outro, porque por vezes podem coincidir, no entanto tratam-se de duas noções conceitualmente diferentes. Nos anos setenta existiu então uma razão conjuntural de isolamento, ligada à absolutização da prática da autoconsciência, benéfica naquele tempo e talvez ainda hoje útil como introdução. O feminismo da segunda onda superou o isolamento que havia sido colocado internamente aos mesmos canais em que havia renascido, porque foram levantados por um forte impulso vindo debaixo, que reagia também às desigualdades e aos vetores anacrônicos. Vinda menos desse impulso, foram progressivamente afirmadas as tendências congênitas seja das estruturas organizacionais do movimento operário do século XX, seja do feminismo, com o afastamento dos próprios pontos de referência social. Por razões profundamente diferentes, ou melhor, opostas. As primeiras porque tendem a se transformar em lugares de auto-organização dos sistemas, cujos interesses são diferentes daqueles que essa teria que organizar e representar. O segundo porque não constrói sistemas: é fragmentário, fluido, se estende por longos períodos reduzindo-se a vozes únicas e não dispõe de outros meios para manter a memória escrita em papel ou virtual.


O feminismo, portanto, teve à disposição apenas pequenos e frágeis canais e foi capaz de usar sempre menos aqueles outros pela simples razão de que aqueles canais são obstruídos ou interrompidos. Os sistemas políticos e sindicais, conseguindo defender sempre menos e contemporaneamente a si mesmos e o trabalho assalariado, fizeram a escolha mais óbvia. Esqueçamo-nos com quanta lucidez e clarividência.


Obstrução ou interrupção dos antigos canais


Estes raciocínios abrem espaço para outras perguntas. O que é aludido ao se falar sobre obstrução e interrupção? E o que mais concretamente isso implica para as mulheres e para sua atividade política? Quando dizemos que não existe mais o movimento operário não pensamos que um movimento de varinha mágica tenha feito desaparecer uma união de potentes forças materiais. O proletariado industrial ainda existe e se reforça a nível global; os sistemas burocráticos dos sindicatos e partidos devem, de algum modo, defender-se do risco concreto de tornarem-se completamente supérfluos; nos ex-“estados operários burocraticamente degenerados" o capitalismo convive com os restos de uma estatização que os torna não exatamente iguais às outras economias de mercado e dificilmente definíveis. Pessoas dispostas a arriscar a existência na esperança de relações humanas menos autodestrutivas e doentes continuam a vagar em busca de uma alavanca para erguer o mundo. A questão é que fenômenos de decomposição e metamorfoses, mas também de verdadeiro desaparecimento, desfizeram a união internamente conflitosa, mas sinérgica, que no século XX havia oposto resistência às dinâmicas destrutivas do capitalismo.

As lógicas com as quais a união se distanciou explicam as diferenças de situação e de conjuntura; não em toda parte há apenas terra queimada e novas superfícies de contato que continuaram a existir também em anos não tão distantes. Ao pensar, por exemplo, no uso feito pela CGIL [Confederação Geral Italiana do Trabalho] e pelo PD [Partido Democrático] da disponibilidade de mulheres politicamente ativas acerca de algo que as chame para a causa "como mulheres", por exemplo com a experiência de Saiam do Silêncio e Se não agora, quando. Em ambos os casos a credibilidade restante do sindicato serviu para acender uma chama, imediatamente apagada pelos mesmos sistemas que a acenderam, com técnicas do uso, antes, de neutralização e, depois, nas quais tornaram-se profissionais. E que, por outro lado, representam a principal habilidade adquirida no exercício da profissão em si.


A respeito da distância entre o feminismo e as mulheres vale a pena fazer uma outra observação. A reconstituição de canais políticos por meio dos quais as resistências do corpo social podem ser reunidas com um projeto de alternativa, que, sozinho, não garante um espaço adequado para o feminismo. Nota-se por exemplo o governo sem mulheres de Syriza, atento a presenças femininas em outros lugares, mas que não sentiu necessidade de resgatar ao menos a forma, inserindo uma muher e apenas uma no ponto mais elevado da responsabilidade política. É necessário que um feminismo de alguma maneira se alinhe novamente àqueles canais e recomece a exercitar a sua crítica.


As deusas do Olimpo não bastam


A razão pela qual foram fundamentados os canais organizacionais do movimento operário do século XX necessita de poucas explicações. Outros canais existiram e existem e continuam a estar um pouco em toda parte em brechas e indícios. Por exemplo, nas academias onde os estudos de gênero abriram caminho a numerosas carreiras femininas e produziram obras úteis, algumas vezes valiosas, e, mais frequentemente, repetitivas e formais. Por exemplo, nas instituições do neoliberalismo onde um lobby feminista exercita pressões pelo próprio pedaço de bolo. Por exemplo, nas camadas políticas e sistemas em que a presença feminina pode representar aquela marca de inovação, de que uma política universalmente detestada tem uma absoluta necessidade. O “destruidor”[1], hoje ao governo na Itália, pode continuar a política dos últimos vinte anos também porque, com um movimento, usou como símbolos da inovação apenas o próprio corpo jovem e os corpos femininos das próprias colaboradoras.


No entanto esses canais permanecem ainda parcialmente abertos, porque existiu a onda que começou a se levantar na metade dos anos sessenta e continuou a fluir e a se difundir nas décadas sucessivas. Em diferentes épocas daquelas da política, ao final até esses tendem a uma obstrução ou a um fechamento. A verdade é que as exceções nunca mudaram a regra. A rotina usual a respeito das "religiões monoteístas" deve remover a especificidade que o cristianismo das origens, monoteísta e ainda sem compromissos, representou para as mulheres um espaço muito mais funcional que aquele da religião pagã. A existência de deusas no Olimpo não melhorava a vida de merda a que eram condenadas as mulheres de todas as condições sociais na Grécia e em Roma. Assim como não mudou a existência das mulheres inglesas apenas pelo fato de que, entre 1558 e 1603, o trono tenha sido ocupado por uma rainha inteligente e enérgica como poucos outros soberanos. As elites, se permanecem tais e se não se transformam em portadoras de pensamentos e de práticas úteis para a grande maioria das mulheres, ao final não são capazes nem mesmo de defender os espaços em que se ocupam dos próprios privilégios.

Hoje a grande maioria das mulheres pertence a área muito ampla do proletariado, com a crise da ex-classe média condenada à precariedade, à exploração e não raramente à miséria. E, de uma maneira ou de outra, todas as mulheres, ou quase, vivem a dupla crise do capitalismo e das alternativas ao capitalismo.


O presente é iluminado pelo passado


Voltemos à suspeita. Uma suspeita sozinha não gera respostas, apenas perguntas, no entanto fundamentais para começar. Uma resposta, ao contrário, não se pode esperar menos e diz respeito à direção em que se move pelos passos sucessivos à dúvida metódica. Trata-se para o feminismo da mesma direção que vale para a união dos conflitos sociais, aquela, por sua vez, em direção aos lugares em que se manifestam as resistências às duplas crises. Naqueles lugares, a herança do feminismo vive em formas específicas e aparentemente paradoxais. Produziu mudanças culturais que levam as mulheres a serem frequentemente as mais ativas; não age como pensamento vivo que ajuda realmente a interpretar o presente.


Comportamentos de tipo feminista continuam a se manifestar motu proprio nas áreas em que há mulheres em movimento, mas a carência de relações com uma história de práticas e pensamentos cria o risco de dever sempre recomeçar do início. Isso havia já ocorrido com a segunda onda, que desde a metade dos anos sessenta do século XX recomeçou a linha dos discursos já feitos e em parte grande desconhecidos, ficando para trás ao desatar os nós de novelos já repetidamente desatados. Mas, então, o esquecimento era justificado após meio século de ausência do feminismo na cena política. Hoje, a história recente que temos nos ombros torna injustificável um desperdício de experiências e de inteligências que seriam, de qualquer modo, de grandes dimensões.


A retomada de contatos é somente uma das duas necessidades complementares. A outra é aquela de um trabalho contemporâneo para falar e escrever com palavras novas sobre um feminismo capaz acrescentar ao presente. Essa tarefa não pode ser banalizada com a produção de ideiazinhas, pequenas fórmulas e metáforas que às vezes participam de ambientes feministas próprios. O novo nasce primeiramente da realidade material e apenas a falta de contatos com aquela realidade torna a construção mais difícil. O novo emerge depois da inadequação do velho que, por isso, precisa-se conhecer bem e explorar atentamente a fim de individualizar em seu interior as brechas e as passagens. Do novo são invariavelmente portadoras as jovens gerações, mas não é regra que sejam sempre capazes de dizê-lo. Basta pensar que a corrente, que também na Itália parece nova de "zecca" (o queer), tem uma mãe, que em poucos anos, festejará o seu octogésimo aniversário. O apelo às novas palavras – que para seu desejo aparece frequentemente um pouco ingênuo – pode, então, servir apenas como expressão de consciência de um atraso e nada além. Existe, ao contrário, algo que pode ser feito de modo realista no plano da teoria. Pode-se tentar passar através das ideologias para uma exploração e verificação das exigências, dos desejos e dos problemas de que foram a expressão. Não com a ilusão de poder assim aproximar-se de um feminismo não-ideológico, porque cada sujeito, que constrói narrativas e histórias de acordo e em função da própria libertação, acrescenta a ele sentimentos que não podem ter como efeito uma análise objetiva da realidade objetiva. Admitido, mas absolutamente não seguro, que isso seja possível depois. Voltar-se às mulheres significa então tentar compreender por que certos discursos retornam continuamente, de onde derivam as diferenças e os conflitos, quais foram as relações com linguagens e culturas masculinas, o que realmente fazem e pensam hoje as mulheres... Significa, por fim, tentar escrever uma história das histórias que o feminismo contou às mulheres em função da libertação delas e com o uso político das próprias margens de liberdade. Significa não esquecer nunca que o presente é iluminado pelo passado.


Nota da tradução


[1] rottamatore é um neologismo que faz referência a uma palavra de ordem, lançada por Matteo Renzi em 2010, da "destruição", ou melhor da liquidação, do grupo dirigente, considerado obsoleto, do Partido democrático.

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