Clara Zetkin na cova dos leões – União dos trabalhadores e feminismo no congresso de 1921 da Comintern
John Riddell
Tradução de Laura Battistam
Revisão de Pedro Barbosa
Em 1921, quando a Internacional Comunista (Comintern) realizou seu Terceiro Congresso Mundial, Clara Zetkin era a comunista mais amplamente respeitada fora da Rússia. No entanto, ela foi vítima de esforços vigorosos na véspera do congresso para vilipendiá-la e expulsá-la da liderança do Comintern, se não do movimento. Ainda assim, ela se classifica, junto com Lenin e Trotsky, como uma das figuras intelectuais dominantes no congresso [1].
Vamos examinar o papel de Zetkin na grande luta ideológica do Terceiro Congresso e depois ligá-la ao seu envolvimento no movimento pela emancipação das mulheres.
Zetkin conquistou uma grande reputação como principal líder do movimento socialista internacional de mulheres antes de 1914. Tornou-se, então, uma das defensoras mais eficazes do internacionalismo socialista durante a guerra. Ela ajudou a formar o Partido Comunista Alemão e estava entre seus líderes mais proeminentes.
Todavia, no início de 1921, o partido de Zetkin deu um giro radical em direção ao ultraesquerdismo. Isso foi expresso, acima de tudo, em uma tentativa fracassada de greve geral – a “Ação de Março” – que o partido conduziu sozinho, sem apoio significativo de fora dele. O oponente mais franco desta aventura, Paul Levi, foi expulso do partido em abril, com o consentimento da liderança do Comintern. Zetkin se opôs fortemente ao curso ultraesquerdista do partido e defendeu Levi. Por isso, ela foi censurada e teria sido expulsa, disse mais tarde o líder do partido Paul Frölich a Lenin, só não o foi por objeções de Moscou [2].
Um muro de rejeição
Zetkin estava isolada em seu partido, cercada pelo que sua biógrafa Louise Dornemann chama de "um muro frígido de rejeição, desconfiança e hostilidade", marcada como "oportunista" e "renegada". Zetkin "sentiu-se terrivelmente sozinha, como nunca antes em sua vida" [3].
Os oponentes de Zetkin se organizaram para impedir que ela influenciasse o Congresso Mundial, o qual se reuniria em Moscou em junho. Béla Kun, líder da esquerda radical da Comintern, quem a Comintern havia enviado à Alemanha para ajudar a reorientar o partido lá, escreveu a Lenin em 6 de maio de 1921, alertando-o contra Zetkin. “Levi e Zetkin são completamente histéricos, e o que eles estão dizendo no partido alemão agora consiste em nada além de fofocas”, afirmou. A histeria foi então considerada um distúrbio mental principalmente feminino, marcado por fingir sintomas de doença para obter vantagem pessoal. Kun continuou: “Quanto às declarações da velha camarada Zetkin... Apesar de todos os meus sentimentos em relação à velha lutadora... a senhora está sofrendo de demência senil. Ela fornece uma prova viva de que Lafargue e sua esposa agiram de forma completamente correta”. Kun estava se referindo à filha de Marx, a líder socialista Laura Lafargue e seu marido, Paul. Ao atingir a idade de Zetkin, Laura Lafargue havia tirado a vida, convencida de que não tinha mais nada a oferecer ao movimento [4].
Três semanas depois, a delegação alemã no Congresso Mundial enviou a Lenin um aviso coletivo: “Não há absolutamente nenhum fundamento objetivo para a consideração que está sendo dada aqui à pessoa de Clara Zetkin na decisão das questões táticas e organizacionais ligadas à Ação de Março”.
“Qualquer concessão à camarada Clara Zetkin prejudicaria gravemente a capacidade de ação e disciplina do movimento comunista na Alemanha”. A Executiva e a delegação russa “não devem demonstrar consideração sentimental pela pessoa de Clara Zetkin” [5].
Ataque surpresa
As lideranças partidárias alemãs atacaram Zetkin na conferência de mulheres da Comintern, realizada pouco antes do congresso mundial, mobilizando Alexandra Kollontai e algumas outras líderes mulheres, com o objetivo de expulsar Zetkin de seu posto como chefe do Movimento Comunista de Mulheres. Temos um relato de Lenin, conforme dito por Zetkin:
“Ontem, na conferência de mulheres, você [Zetkin] foi submetida a nada menos que um ataque bem organizado contra você como a personificação do pior tipo de oportunismo. E isso foi liderado pelo nosso bom [Ernst] Reuter, que assim participou, pela primeira vez, até onde eu sei, do trabalho comunista entre mulheres. Isso foi simplesmente estúpido, muito estúpido. Imagine: ele pensou que poderia resgatar a teoria da ofensiva lançando um ataque surpresa contra você na conferência de mulheres.”
Lenin então contou como o “ataque surpresa” foi preparado, relatou Zetkin, fazendo comentários sarcásticos sobre “... grandes homens se ocupando com os bastidores e a política feminina mesquinha”. [Zetkin 1985, Erinnerungen an Lenin, Berlin: Dietz Verlag, pp. 32-53.]
“Política feminina mesquinha”: A depreciação das mulheres através de tais mudanças de expressão foi então profundamente enraizada na linguagem. Assim, Zetkin, em um artigo em homenagem a Lenin, não hesitou em atribuir essas palavras a ele. Da mesma forma, quando Kollontai se manifestou contra as políticas bolcheviques na Rússia, Leon Trotsky a chamou sarcasticamente de “Amazona”; Karl Radek a chamou de “Valquíria”. Em outros lugares, Radek disse aos delegados: “[Nós] não somos mulheres histéricas, mas homens”. Um dos apoiadores de Zetkin, o comunista polonês Adolf Warszawski, protestando contra os ataques persistentes a ela, causou um alvoroço ao dizer: “[...] os homens às vezes se comportam como senhoras, e o único homem na delegação alemã é a camarada Zetkin” [6].
Zetkin não foi balançada por essa conversa. Mais tarde, no congresso, ela disse a seus companheiros do sexo masculino: “Graças a Deus, não somos suas imitadoras simiescas, nem somos cópias falhas e inferiores de vocês. Injetamos nossos característicos valores intelectuais e morais, tanto na luta revolucionária quanto na construção revolucionária” [7].
A discussão de Zetkin com Lenin ajudou a ganhar as lideranças comunistas russas para apoiar sua crítica à desastrosa “Ação de Março” lançada por Béla Kun e seu partido.
Os líderes da delegação alemã reagiram fortemente. Reuter, mais tarde prefeito da Berlim Ocidental durante a guerra fria, pediu que Zetkin fosse expulsa, a menos que ela se retratasse. Fritz Heckert a culpou por mobilizar o congresso contra o partido alemão. O biógrafo de Reuter nos diz que a delegação alemã ficou amargurada com a rejeição dos camaradas russos, acrescentando: “Eles atribuíram a culpa, acima de tudo, à influência de Clara Zetkin sobre Lenin. Ela havia relatado a Lenin em detalhes sobre todos os aspectos da [Ação de Março]” [8].
Reabilitação
No entanto, o congresso rejeitou os argumentos de Reuter e Heckert. No final, Heckert foi incumbido de prestar um tributo brilhante a Zetkin, juntamente com um buquê de rosas, em uma celebração extraordinária no congresso, por ocasião de seu sexagésimo quarto aniversário.
De fato, Zetkin apresentou ao congresso uma acusação das ações da liderança partidária em uma série de discursos brilhantes, proferidos com agressivas interrupções. Ela se opôs aos ataques de confronto feitos por uma pequena vanguarda e insistiu na necessidade de os comunistas conquistarem as grandes massas de trabalhadores. No final, isso acabou se tornando o tema dominante do congresso como um todo. Suas decisões foram uma conciliação, evitando a condenação aberta da conduta dos líderes do partido alemão. Porém, o congresso adotou a perspectiva estratégica contraposta por Zetkin e Paul Levi aos erros da “Ação de março” e defendida, no encontro de Moscou, por Lenin e Trotsky, tomando decisões que abriram o caminho para a adoção da política de frente única seis meses depois [9].
Conquistando “camadas intermediárias”
Mas as visões de Zetkin sobre conquistar as massas para a revolução foram além das decisões do congresso. De fato, uma análise cuidadosa de suas declarações sugere que ela pode muito bem ter sido influenciada por suas experiências no Movimento Comunista de Mulheres.
Observe sua proposta de resolução sobre a “Ação de Março” à reunião do Comitê Central de seu partido em 7 de abril de 1921. Afirmava:
“O Partido Comunista precisa manter um contato muito próximo com as grandes massas de proletários e... integrar na luta as forças mais avançadas das camadas intermediárias entre o proletariado e a burguesia. O capitalismo em decomposição priva essas camadas de segurança no essencial e no propósito de vida. Como resultado, eles entram em conflito crescente com o Estado burguês”. [10]
Essa noção, distintiva no pensamento estratégico de Zetkin, raramente é vista em outras declarações comunistas da época. Ela insiste na necessidade de conquistar camadas intermediárias fora do proletariado e identifica suas queixas não apenas na falta de segurança econômica, mas na perda do "propósito de vida". Poderia esse conceito estar relacionado às experiências de Zetkin no trabalho entre mulheres?
Em 1921, Zetkin era chefe do recém-formado secretariado da Comintern para o trabalho entre mulheres, ao qual havia sido solicitado que organizasse uma estrutura internacional de comitês nos níveis nacional, regional e local. Essa estrutura foi chamada informalmente de Movimento Comunista de Mulheres; seu jornal trazia o orgulhoso título, a Internacional de Mulheres Comunistas [11].
O trabalho inicial da Internacional Comunista entre as mulheres foi dirigido por um notável grupo de líderes mulheres, a equipe internacional mais resiliente da Comintern, a maioria das quais mais tarde se opôs à ascensão do stalinismo. Essas mulheres foram agora quase esquecidas – "ausentes", como alguns dizem – exceto Clara Zetkin, que é lembrada principalmente por seu trabalho em um período anterior. O papel de Zetkin na Comintern está bem documentado em seu Quarto Congresso, agora publicado [12], bem como no Terceiro Congresso, que será publicado no final deste ano.
As ideias de Zetkin sobre a importância do papel das mulheres estavam longe de serem universalmente aceitas no movimento comunista. Mesmo na Comintern, Zetkin escreveu em 1921, “os líderes frequentemente subestimam a importância” do movimento comunista de mulheres, porque “eles veem isso apenas como ‘negócios de mulheres’” [13].
Existe uma “questão de mulheres” especial?
Ao se dirigir à Comintern, ela tenta contornar os preconceitos de um ambiente cético. Assim, sua resolução do Terceiro Congresso sobre mulheres declara:
“É um postulado básico do marxismo revolucionário que não há uma ‘questão especial de mulheres’. Mulheres trabalhadoras se unindo ao feminismo capitalista enfraquece a luta do proletariado” [14].
Zetkin, como outros marxistas de sua época, usava a palavra “feminismo” apenas para a ala burguesa do movimento. Nesta palestra, vou usá-lo com seu significado atual: o feminismo é a luta pela libertação das mulheres e contra o sexismo. E se a palavra é entendida nesse sentido, o Movimento das Mulheres Comunistas era de fato um componente internacional grande e eficaz do feminismo, até ter sido deixado de lado pela ascensão do stalinismo.
Realmente não existe, como sugere a resolução de Zetkin, “uma questão especial de mulheres”? Na resolução citada, cinco frases mais abaixo, ela escreve: “As mulheres são duplamente oprimidas, pelo capitalismo e por sua dependência na vida familiar”. Em um discurso no congresso, ela falou do dilema enfrentado pelas mulheres burguesas que entravam no mercado de trabalho. Eles devem competir por emprego com os homens. E, “enquanto o capitalismo governar, o sexo forte ameaçará privar os mais fracos da subsistência e os meios de vida” [15]. Essa é inequivocamente uma referência à opressão especial das mulheres.
De fato, Zetkin escreveu sobre três formas diferentes de servidão capitalista – exploração, alienação e opressão – uma abordagem longe de ser universal entre os marxistas até hoje. Consistente com essa visão, ela sustentava que os comunistas deveriam apelar a todas as mulheres de todas as classes. Zetkin “queria conquistar não apenas mulheres trabalhadoras [industriais], mas também mulheres que trabalhavam em escritórios, camponesas, funcionárias públicas, intelectuais”, escreve o biógrafo Gilbert Badia. “Ela preferia apelar para as mulheres social-democratas, deixando de lado a crítica visando conquistar uma audiência”. Zetkin falou dessa maneira ao quarto congresso da Comintern em 1922:
“Assim, as funcionárias, especialmente intelectuais, como professoras e funcionárias de escritórios de vários tipos, estão se rebelando. [M]ais e mais donas de casa, incluindo donas de casa burguesas, estão despertando para o reconhecimento de que as condições presentes – a existência continuada do capitalismo – são incompatíveis com seus interesses mais básicos na vida. Camaradas, irmãos e irmãs, temos que utilizar o fermento” [16].
Nesse espírito, quando Zetkin apreciava reuniões de direitos de mulheres não-proletárias, ela destacava pontos de concordância que poderiam ser utilizados para a ação comum.
Classe trabalhadora: uma abordagem inclusiva
A abordagem inclusiva de Zetkin se reflete em suas descrições da classe trabalhadora. Aqui está uma pequena passagem – um poema encontrado – em um artigo da Internacional das Mulheres Comunistas, que ela editou:
“Aqueles que colhem as colheitas e assam o pão estão com fome.
Aqueles que tecem e costuram não podem vestir seus corpos.
Aqueles que criam o fundamento nutritivo de toda a cultura são destruídos, privados de conhecimento e beleza”. [17]
Para mim, o que ela diz é influenciado por um ponto de vista feminista. No mesmo espírito, Zetkin e outros membros de sua equipe costumam usar um termo característico para descrever os trabalhadores: die Schaffenden – uma palavra cujo significado alemão combina “produzir” e “criar” [18].
Zetkin aplicou essa abordagem à tarefa de construir uma ampla unidade contra o fascismo, para o que foi relatora em uma conferência da Comintern de 1923. Discursando em uma conferência de frente única antifascista naquele ano, Zetkin explicou que “amplas camadas de pequenos burgueses e intelectuais perderam as condições de vida do período anterior à guerra. Eles não estão proletarizados, mas pauperizados”. Suas esperanças na democracia capitalista foram traídas; ela não produz mais reformas. Mas o proletariado lhes oferece um caminho a seguir, porque “somente a luta de classes revolucionária conquista reformas” [19].
Marxismo e feminismo
Há um tema comum nessas declarações: Zetkin está traçando um caminho no qual o proletariado revolucionário pode ganhar hegemonia social, liderando uma ampla coalizão de trabalhadores, agricultores, mulheres e todas as vítimas da alienação, exploração e opressão capitalistas. No movimento comunista alemão da época, ela é a figura que defende essa abordagem de maneira mais clara e forte – de uma maneira mais completa do que Paul Levi, por exemplo.
Parece provável que sua visão sobre esse ponto esteja relacionada ao seu compromisso combinado com o marxismo e o que hoje chamamos de feminismo. Para Zetkin, o apoio à emancipação das mulheres é inerente ao marxismo. Contudo, seus textos sugerem que seu envolvimento com o feminismo informa e expande seu marxismo, levando a uma abordagem inclusiva, a uma profunda compreensão da opressão e da alienação e das alianças com os oprimidos.
Apesar da rejeição de Zetkin do "feminismo" como noção burguesa, uma análise de seu trabalho sugere nenhum apoio à noção de marxismo como pai severo e feminismo como filha rebelde. Alguns pensamentos feministas são mal-intencionados e retrógrados, certamente, mas isso é verdade para o marxismo também. Por mais que se priorize o marxismo como o quadro principal para o pensamento revolucionário, é preciso se aproximar do feminismo no modo de aprendizagem.
O marxismo será testado por sua capacidade de se conectar e aprender com o feminismo. Além disso, esse relacionamento não é único. O objetivo do marxismo deve ser unir-se e aprender com todas as escolas de pensamento e ação revolucionárias não-marxistas. Me parece que esta é a lição mais profunda do pensamento de Zetkin durante os primeiros anos da Comintern.
Notas de rodapé
[1] O presente trabalho foi apresentado na conferência Historical Materialism em Londres, 8 de novembro de 2013. Todas as citações relacionadas ao Terceiro Congresso deste artigo serão incluídas na primeira edição em inglês de To the Masses [Para as massas], editada por John Riddell, a ser publicada em 2014 pela Brill para a Historical Materialism Book Series. A edição de 1.300 páginas incluirá 35 apêndices que publicam materiais de origem relacionadas, a maioria deles indisponíveis anteriormente, não publicados em inglês.
[2] Ruth Stoljarowa e Peter Schmalfuss, orgs. 1990, Briefe Deutscher an Lenin 1917-1923 [Cartas alemãs para Lenin 1917-1923], pp. 236–7. [3] Louise Dornemann, Clara Zetkin: Leben und Wirken [Clara Zetkin: vida e obra], Berlim: Dietz Verlag, 1973, p. 423. [4] Babichenko, LG, Ia.S. Drabkin e KK Shirinia 1998, Komintern i ideia mirovoi revoliutsii [A Comintern e a ideia de uma revolução mundial], Moscou: Nauka, pp. 266–9. [5] Stoljarova e Schmalfuss 1990, pp. 264–6. [6] Comintern 1921, Protokoll des III. Kongresses der Kommunistischen Internationale [Ata do III Congresso da Internacional Comunista], Hamburgo: Verlag der Kommunistischen Internationale, pp. 785, 520 e 220. [7] Ibid., p. 922. [8] Comintern 1921, pp. 306, 542; Brandt, Willi e Richard Lowenthal 1957, Ernst Reuter, ein Leben für die Freiheit [uma vida pela liberdade], Munique: Kindler, p. 169. [9] Veja na ESSF (artigo 22639), “Clara Zetkin’s struggle for the united front” [A Luta de Clara Zetkin para uma frente unida]. [10] Sowjet: Kommunistische Zeitschrift [Revista Soviética Comunista], 3, no. 1, pp. 4-9. [11] Veja na ESSF (artigo 22640), “The Communist Women’s Movement (1921-26)” [O Movimento de Mulheres Comunistas (1921-26)]. [12] John Riddell, org. 2012, Toward the United Front [Em direção à frente única], Chicago: Haymarket.
[13] Kommunistische Fraueninternationale [Internacional das mulheres comunistas] (KFI), 1, n. 2–3 (1921), p. 55. [14] Alan Adler, org. 1980, Theses, Resolutions, and Manifestos of the First Four Congresses of the Third International [Teses, Resoluções e Manifestos dos Primeiros Quatro Congressos da Terceira Internacional], Londres: Ink Links, p. 152. [15] Comintern 1922, III Vsemirnyy congress Kommunistischeskogo Internationala [III Congresso Mundial da Internacional Comunista], Petersburg, 1922, p. 912. [16] Gilbert Badia 1993, Clara Zetkin, féministe sans frontières [Clara Zetkin, feminista sem fronteiras], Paris: Edições ouvrières, p. 256. [17] Riddell 2012, p. 847. [18] KFI, vol. 2 (1922), n. 5–6, p. 519. Zetkin afirmou que o significado de Schaffenden é: “Todos aqueles cujo trabalho, seja com a mão ou o cérebro, aumentam o patrimônio material e cultural da humanidade, sem explorar o trabalho de outros” (De um discurso ao Reichstag alemão (parlamento), 7 de março de 1923, publicado naquele ano pelo KPD e citado em Tânia Puschnerat 2003, Clara Zetkin: Bürgerlichkeit und Marxismus, Essen: Klartext Verlag, p. 346.). Deve ser observado que o conceito de Schaffenden também era usado, para um propósito diferente, por alguns reformistas opositores ao comunismo. [19] Clara Zetkin, “Kampf gegen den internationalen Faschismus” [Combate ao fascismo internacional], em Internationale Presse-Korrespondenz, n. 52 (1923), p. 418
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