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A extrema-direita, comunidade LGBTQI e uma estratégia para a resistência (Peter Drucker)




A extrema-direita, comunidade LGBTQI e uma estratégia para a resistência


Peter Drucker

Tradução de Bianca Moreira




A extrema-direita está em ascensão em diversos países, um seguido pelo outro. Tal fato certamente tornou-se um importante fator na política contemporânea europeia e mundial. A partir disso, passa-se a acreditar que, nos próximos anos, a luta contra a extrema-direita será decisiva para a esquerda radical e revolucionária. Então, é cada vez mais urgente que nós entendamos a ameaça que sofremos pela extrema-direita. Até certo ponto, nós podemos aprender a partir de análises marxistas do fascismo clássico, particularmente na Alemanha nazista e na Itália fascista. Porém, muitas coisas mudaram na extrema-direita. Para usar o termo do nosso camarada Enzo Traverso, a maior parte da extrema-direita atualmente é “pós-fascista”: às vezes apresentam continuidade com a antiga direita fascista, às vezes não. E políticas de gênero e sexuais não são um problema à parte para a extrema-direita – elas são um foco. Então, essa é uma das coisas que precisamos urgentemente compreender.


A extrema-direita e o heteronacionalismo


Conforme a extrema-direita cresceu, exemplos de seus ataques contra direitos da comunidade LGBTQI se multiplicaram. O novo presidente do Brasil de extrema-direita, Jair Bolsonaro, é um exemplo proeminente e repugnante. Ele abertamente declarou que preferiria ter um filho morto do que gay. Não é de se surpreender que a sua eleição produziu uma onda de violência anti-LGBTQI no Brasil, que já é um dos países com maiores índices de violência contra a comunidade LGBTQI. Ainda que a posição de Donald Trump fosse menos clara antes de sua eleição como presidente dos Estados Unidos, ele também atendeu desde então à direita reacionária anti-LGBTQI. Sua administração interviu em tribunais para opor-se a medidas contra discriminação e tentou excluir pessoas trans do exército.


Há exemplos similares na Europa. A Lega Italiana foi o oponente mais implacável, no parlamento, de uniões civis entre pessoas do mesmo sexo – para não mencionar o casamento! – enviando mais de 5.000 emendas na tentativa de acabar com a lei. E também na Espanha, o partido de extrema-direita, Vox, tem um website que denuncia eventos de Orgulho LGBTQI como “vergonhosos”.


Algumas pessoas chamam esses ataques da direita anti-LGBTQI de “homofobia política”. Esse pode não ser o melhor termo. Apesar das pessoas que o utilizam não necessariamente pensam dessa maneira, o termo parece referir-se a uma doença mental. Eu acredito fazer mais sentido falar sobre “heteronacionalismo”. Essa é uma dimensão de projetos nacionalistas de direita mais amplos com profundas raízes na sociedade.


Qual é a fonte do preconceito contra a comunidade LGBTQI na direita nacionalista? Por que a extrema-direita ataca pessoas LGBTQIs? Uma razão central é a profunda hostilidade com relação às mulheres, é a misoginia, que está ligada à relação contraditória com o neoliberalismo. A combinação de misoginia e populismo econômico ajuda a extrema-direita a apelar para os homens heterossexuais com raiva. A desindustrialização e os salários estagnados em muitas economias, mais recentemente seguidos pela profunda recessão que estourou em 2008, enfraqueceu o senso de masculinidade de muitos homens. Muitos homens cisgêneros héteros culpam as mulheres e pessoas LGBTQIs.


Estudiosos como George Mosse, um homem gay cuja família fugiu da Alemanha Nazista, mostraram o quão próximo está o nacionalismo agressivo de um conceito estreito de masculinidade. Este conceito naturaliza a família patriarcal, vê mulheres como portadoras de filhos e ajudantes de homens, e vê a comunidade LGBTQI como um enfraquecimento para a fibra moral da nação. Essa é uma razão pela qual os nazistas na Alemanha eram ferozmente hostis com a homossexualidade, pelo menos entre alemães: eles acreditavam que enfraqueceria a “raça mestra ariana”. A extrema-direita ao redor do mundo hoje ainda possui um conceito similar para a masculinidade. Em países católicos em especial, assumiu-se o ataque do Papa à “ideologia de gênero” e sua defesa dos limites tradicionais de papéis masculinos e femininos.


Essa direita misógina e sexualmente reacionária está em ascensão em muitos países onde movimentos LGBTQI têm apresentado vitórias. Esses movimentos LGBTQIs emergiram e cresceram mais fortes especialmente após 1968, quando eles tiveram líderes radicais de esquerda que os viram como uma parte da ampla esquerda radical. Suas visões militantes e táticas ajudaram a vencer as primeiras vitórias nas décadas de 1970 e 1980 contra a discriminação e violência. Mais tarde, conforme os movimentos LGBTQIs aumentaram sua força e a esquerda radical enfraqueceu-se, grandes grupos LGBTQI se tornaram moderados. Eles colocaram menos ênfase em solidariedade contra o machismo, racismo e opressão de classe, e se focaram mais estritamente em questões como igualdade matrimonial. Porém, isso não fez com que a extrema-direita os amasse. A extrema-direita na maior parte dos países ainda se opõe ao casamento entre pessoas do mesmo gênero, frequentemente de modo feroz.


Entretanto, grupos LGBTQIs de destaque construíram laços com a centro-esquerda social-liberal e a centro-direita neoliberal. Algumas das posições da extrema-direita anti-LGBTQI precisam ser entendidas, pelo menos em parte, como reações ao apoio oficial aos direitos LGBTQI, que atualmente predomina na política central da Europa Ocidental e alguns outros países imperialistas. Isso não é um fator em todos os lugares. Os ataques de Trump a pessoas LGBTQIs não são especialmente inspirados pela hostilidade contra a Europa, apesar de que ele é frequentemente anti-europeu, e ataques anti-LGBTQI no Brasil também não refletem particularmente um discurso anti-europeu. Porém, muitos regimes neoliberais e autoritários africanos e árabes reivindicam – apesar de evidências históricas contrárias – que estão defendendo sua própria cultura contra a influência LGBTQI europeia. E algo similar acontece na extrema-direita da Europa Oriental.


Na Europa Ocidental, reformas como descriminalização, leis anti-discriminação e igualdade matrimonial foram reformas nacionais enraizadas na política nacional. Algumas reformas na Europa Oriental tiveram dinâmica nacional também; a Alemanha Oriental por exemplo descriminalizou relacionamentos entre pessoas de mesmo gênero um ano antes da Alemanha Ocidental. Porém, recentemente, reformas na Europa Oriental resultaram majoritariamente de políticas da União Europeia. LGBTQIs da Europa Oriental se beneficiaram de ganhos legais como resultado. Mas muitos europeus ocidentais agora veem as proteções para pessoas LGBTQIs como algo imposto de fora.


E, ao mesmo tempo que a União Europeia têm promovido direitos LGBTQI, tem sido um instrumento do neoliberalismo na Europa Oriental. Isso tem refletido em uma presença crescente do capital da Europa Ocidental, cortes em proteções sociais e aumento da desigualdade. Políticas neoliberais têm sido justificados com uma ideologia liberal de liberdade, incluindo direitos LGBTQI. Isso tem ajudado a fazer pessoas LGBTQIs alvos do ressentido e ressurgente nacionalismo contra a União Europeia. Em uma resposta reflexa à instrumentalização de direitos LGBTQI pelo neoliberalismo, o heteronacionalismo tem instrumentalizado atitudes anti-LGBTQI. Em países como a Polônia e a Hungria, a direita no poder está jogando com o ressentimento da ideologia neoliberal, enquanto mantém muitas características principais da economia neoliberal.


Nesse clima, a violência contra eventos de orgulho lésbico/gay na Europa Oriental tem sido, em parte, obra de grupos neo-fascistas que acreditam que a União Europeia é ‘comandada por “viados”’. O partido fascista grego Golden Dawn tem uma dinâmica similar, vendo direitos LGBTQI como uma parte da mesma agenda da União Europeia que empobreceu os gregos.


A extrema-direita e o homonacionalismo


Agora, preciso fazer uma discussão mais complexa ao falar sobre o lado menos homofóbico da extrema-direita. Isso significa falar sobre homonacionalismo, um termo cunhado pelo estudioso estadunidense Jasbir Puar. Isso significa a instrumentalização dos direitos LGBTQI em serviço do imperialismo e nacionalismo.


Apesar de que a extrema-direita é geralmente anti-LGBTQI, acho o homonacionalismo da extrema-direita um problema sério. Primeiramente, a extrema-direita europeia contemporânea é, às vezes, inconsistente com relação a questões que dizem a respeito a gênero e sexualidade. Se nós tomarmos a hostilidade nazista contra homossexuais de 80 anos atrás como linha de base, a extrema-direita atual não está sempre em continuidade com as tradições fascistas anteriores.


Um fenômeno que pode parecer marginal ao analisar a extrema-direita europeia como um todo pode, ocasionalmente, estar longe de marginais em comunidades LGBTQIs de alguns países. A extrema-direita gay é uma corrente dentro de uma direita gay mais ampla, e ambas têm crescido. Importantes líderes LGBTQI podem não apoiar a extrema-direita, mas seu fracasso em lutar contra o neoliberalismo e racismo têm deixado muitas pessoas da comunidade LGBTQI abertas ao apelo da extrema-direita. Uma enquete no Brasil na semana anterior ao segundo turno da eleição presidencial do ano passado mostrou que 29% da população que se identificava como não-hétero planejavam votar no abertamente homofóbico Bolsonaro. E pesquisas mostraram níveis de apoio semelhantes, particularmente entre homens cisgêneros gays, pela Le Pen na França e à extrema-direita nos Países Baixos.


A hostilidade da extrema-direita contra muçulmanos parece superar a hostilidade contra pessoas LGBTQIs por vezes. Na Europa Oriental, a direita apela para a herança cristã europeia para justificar a vontade de manter refugiados muçulmanos fora do país. Na Europa Ocidental, a extrema-direita adverte sobre o perigo da chamada “Eurábia” para justificar a oposição à imigração, a benefícios sociais que pessoas de comunidades imigrantes recebem, e a práticas muçulmanas (como lenços na cabeça e comida halal). A marxista feminista Sara Farris mostrou como a extrema-direita francesa, italiana e alemã adoram um tipo de “femonacionalismo” que alega defender mulheres europeias, e até imigrantes, contra homens muçulmanos e outros de origem não-europeia. Em alguns casos, uma dinâmica similar levou alguns partidos de extrema-direita do noroeste da Europa a adotar um grau de homonacionalismo, defendendo ‘suas’ pessoas lésbicas e gays contra a suposta ameaça muçulmana.


O colunista alemão, Bas Heijne descreveu como a ameaça muçulmana tem sido usada para justificar a atenção da direita em questões LGBTQI. Em 1998, o colunista alemão de direita, Gerry van der List expressou repugnância ao que ele viu como uma exibição sexual de um homem gay nos Jogos Gays de Amsterdã. Ainda assim, alguns anos depois, Van der List se entusiasmou com o comportamento exuberante de homens gays na Parada de Orgulho em Amsterdã. Dessa vez, ele pensou que eles estavam heroicamente resistindo ao Islã. ‘São as mesmas pessoas’, resumiu Heijne, ‘mas agora eles apoiam algo diferente’.


Houve algumas mudanças similares nas posições públicas de diversos partidos de extrema-direita do noroeste da Europa. O líder flamengo de extrema-direita, Flip Dewinter votou contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo no parlamento belga em 2003, mas em 2014, ele declarou que seu partido agora era a favor. Indo contra seu pai, Jean-Marie Le Pen, a líder francesa de extrema-direita declarou para ‘votantes gays’ em 2010: ‘Eu sei que vocês sofrem discriminação. E quem os discrimina? Imigrantes e muçulmanos’. Nos Países Baixos, Martin Bosma, um deputado do partido de extrema-direita, disse em um debate parlamentar sobre direitos LGBTQI que ‘hostilidade contra gays permeia a cultura muçulmana’. Membros da extrema-direita democrata da Suécia lideraram a chamada ‘Marcha do Orgulho’ por um bairro predominantemente imigrante de Estocolmo cantando ‘Sem homofóbicos em nossas ruas!’


Esse tipo de homonacionalismo da extrema-direita não é apenas um jeito oportunista de ganhar votos da comunidade LGBTQI; isso se encaixa em um discurso mais amplo em ‘defesa da família’. Homonacionalismo precisa ser mais amplamente entendido como uma dimensão de ‘homonormatividade’, que Lisa Duggan descreveu como uma mentalidade gay que não ‘contesta premissas e instituições heteronormativas, mas que apoia e sustenta elas’. Homonormatividade ajuda algumas pessoas lésbicas/gays a se integrar em instituições familiares existentes, adaptando-se a fim de ocupar um lugar mais seguro dentro da ordem neoliberal. Até certo ponto, alguns partidos da extrema-direita têm adotado uma perspectiva homonormativa; e pelo menos, a minoria dos apoiadores LGBTQI gostam.


Em alguns casos, pessoas LGBTQIs podem até mesmo se encontrar na cúpula de partidos de extrema-direita. Na Alemanha, a integrante do parlamento do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha, Alice Weidel, é assumidamente lésbica. O antigo secretário nacional da Frente Nacional Francesa, Florian Philippot, é um homem assumidamente gay. Apesar dos ataques de Donald Trump a pessoas LGBTQI, ele possui apoiadores da comunidade entre os chamados Log Cabin Republicanos. Ele indicou um embaixador abertamente gay à Alemanha, Richard Grenell, que publicamente apoiou partidos de extrema-direita pela Europa. Mais estranho ainda, até a administração do intolerante Bolsonaro, no Brasil, seu Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos inclui oficiais abertamente lésbicas e trans, que representam o Brasil em reuniões internacionais de direitos humanos.


Porém, deve-se ter cautela: até os partidos mais homonacionalistas de extrema-direita acham que apoiar direitos LGBTQI os colocam em tensão com a sua própria base. Um estudo oficial alemão concluiu que apesar do partido de extrema-direita Freedom publicar mensagens pró-LGBTQI, seus apoiadores tiveram mais atitudes anti-LGBTQI que qualquer outro grande partido. E partidos de extrema-direita que vão muito longe podem perder sua base de votos, como foi visto recentemente com o Partido da Liberdade holandês e Partido Popular dinamarquês. Isso ajuda a explicar o quão cauteloso pode ser o apoio da extrema-direita aos direitos LGBTQI. Quando, por exemplo, o parlamento alemão recentemente votou para banir a chamada ‘terapia de conversão gay’, os dois partidos de extrema-direita inicialmente deram sinais de que votariam a favor, mas acabaram votando contra.


O Comício Nacional Francês (anteriormente a Frente Nacional) é o que mais lutado com sua contradição. Como mencionado anteriormente, Marine Le Pen começou a apelar por votos da comunidade gay décadas atrás. Então, em 2012, quando o projeto governamental do Partido Socialista para casamento entre pessoas de mesmo gênero encontrou grande resistência, o partido de Le Pen não pôde resistir à tentação de reivindicar a liderança na cruzada contra a igualdade matrimonial. Ainda assim, não iria desistir de apelar para seus apoiadores LGBTQI. A própria Le Pen se manteve majoritariamente em silêncio sobre o casamento, deixando o trabalho sujo para sua sobrinha Marion Maréchal Le Pen. Em seu programa para as eleições de 2017, o partido tentou reconciliar seus apoiadores gays e anti-gay ao comprometer-se a converter o existente casamento entre pessoas do mesmo sexo em fortes uniões civis.


Por trás de todas essas contradições, porém, há uma subjacente unidade de propósito. Existe uma analogia aqui. Em última análise, a extrema-direita defende o sistema capitalista, mesmo que casualmente adote políticas sociais populistas. Similarmente a isso, na análise, também é defendida a família patriarcal e os papéis de gênero, mesmo que às vezes se mostre intolerante a pessoas e relacionamentos LGBTQI.


E mesmo assim, algumas pessoas lésbicas e gays se sentem atraídas pela visão da extrema-direita. Isso sugere que a comunidade LGBTQI, assim como a extrema-direita, é composta por contradições.


Estratégias e perspectivas para a resistência LGBTQI internacional


Então, com todas essas tensões e contradições, como pode a esquerda radical e revolucionária ajudar a mobilizar as pessoas LGBTQI contra a extrema-direita? A resposta é solidariedade, junto com táticas de frente única flexíveis e criativas. Nós precisamos estar preparados para se unir na ação com qualquer grupo LGBTQI e pessoas que estão abertas a se mobilizar contra a extrema-direita. Isso significa particularmente apoiar e construir alianças com muçulmanos e outros grupos étnicos ameaçados pela extrema-direita, mostrando como o racismo e o heteronacionalismo estão conectados. Quando a extrema-direita diz proteger pessoas LGBTQI contra muçulmanos e africanos, é necessário responder, alto e claro: Não em nosso nome!


Ao mesmo tempo, nós não devemos nos manter quietos sobre a responsabilidade que grandes grupos LGBTQI carregam por perder parte de sua base ao populismo reacionário. Nós precisamos apelar pela volta do espírito de 1968. Esse ano, o 50° aniversário da rebelião de Stonewall, todas as celebrações oficiais de Orgulho estão relembrando o legado de Stonewall, enquanto entende-se pouco ou nada sobre a política da esquerda radical que informou a rebelião e as Frentes de Libertação Gay que emergiram de tal evento. Em alguns casos, o contingente da extrema-direita tem sido capaz de marchar atrás de banners com slogans sobre Stonewall – o que é uma paródia absoluta. Nós precisamos recuperar a verdade sobre Stonewall, seu legado inteiro. Isso significa não apenas falar sobre tolerância ou aceitação, mas sobre libertação sexual. E isso requer que se desafie papéis de gênero, requer transformar a família no lugar de apenas se integrar nela, e requer transformar a sociedade como um todo.


Acima de tudo, nós precisamos mobilizar pessoas LGBTQI trabalhadoras, moradores de rua, jovens, mulheres, pessoas de diferentes etnias e oprimidas – que estão atrás de toda a maioria invisível da comunidade LGBTQI – tanto contra a extrema-direita quanto contra o neoliberalismo. Nós precisamos deixar claro que políticas anti-pobre em nossos governos são inerentemente homo, trans e bifóbicos. Ao mobilizar a classe trabalhadora e a maioria oprimida em nossas comunidades, nós podemos alcançar massas de pessoas LGBTQI que sofreram e foram amarguradas por políticas neoliberais – e, em alguns casos, infelizmente, voltaram-se à direita reacionária para expressar sua raiva. Construir alianças progressivas e amplas que incluam pessoas abertamente LGBTQI contra o neoliberalismo e a reação pode ser um jeito efetivo de combater preconceitos anti-LGBTQI. E onde algumas pessoas gays e lésbicas têm um comprometimento permanente com a extrema-direita, sem racismo ou interesses de classes percebidos, mobilizar a maioria LGBTQI em torno de uma visão de solidariedade pode tornar possível afastar a extrema-direita do nosso movimento e mantê-la fora dele.

Nós precisamos enviar esta mensagem em eventos de Orgulho LGBTQI, usar quaisquer táticas que melhor funcionem de acordo com a situação: construir amplos blocos anti-racista, ou organizar contingentes queer radicais, ou se há pouco espaço para tal, eventos de Orgulho LGBTQI alternativos. Isso irá precisar de muita criatividade e discussão, tentativa e erro. Então vamos começar a discussão aqui!

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